AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE E SEGURANÇA DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE EXTRATO ALERGÊNICO DE LÁTEX (Hevea brasiliensis) PARA REALIZAÇÃO DE TESTE CUTÂNEO DE LEITURA IMEDIATA (PRICK-TEST)

Cynthia Mafra Fonseca de Lima, Giovanna Hernandes y Hernandes,
Priscilla Rios Cordeiro Macedo, Victor do Espirito Santo Cunha, Ruppert Ludwig Hahnstadt, Jorge Kalil, Fabio F. Morato Castro, Clóvis Eduardo Santos Galvão*

Racional: Extratos alergênicos de látex têm maior potencial de provocar reações sistêmicas graves após testes cutâneos (TC) que outros extratos. No Brasil, não temos extratos padronizados para diagnóstico de alergia ao látex, porém sugere-se que o Hev b 5 possa ter uma habilidade aumentada de ligação à IgE. O objetivo do trabalho foi avaliar a sensibilidade e segurança em concentrações diferentes de ex- trato de látex (Hevea brasiliensis) utilizados para prick-test. Método: Foram incluídos pacientes com história clínica de alergia ao látex, prick-test positivo, maiores de 18 anos e IgE específica positiva para proteínas do látex. Foram excluídos pacientes gestantes, com doenças autoimunes e em uso de imunossupressores. O extrato de látex foi testado através de prick-test, em concentrações diferentes com soluções de controle positivo e negativo. Os extratos foram fornecidos pela FDA Allergenic Ltda. Resultados: Preencheram os critérios de inclusão 26 pacientes, sendo 16 (61,53%) alocados no Grupo A (GA) e 10 (38,46%) no Grupo Controle (GC). 96,1% eram do sexo feminino. Para obter a padronização do extrato de Hevea brasiliensis, utilizamos quatro concentrações (1μg/mL[L1]; 10μg/mL[L10]; 100 μg/mL[L100]; e 500 μg/mL[L500]). A avaliação no GA demonstrou positividade em 6 indivíduos para L1, 12 para L2, 12 para L100 e 14 para L500. Quanto ao GC, não se observou po- sitividade em nenhuma concentração, como esperado e também não houve reação adversa. Apresentaram positividade em até 2 concentrações, 4(15,38%) pacientes e em mais de 3 foram 12 (46,15%). No GA, 1 paciente apresentou reação anafilática Grau III (L500) após TC, necessitando uso de adrenalina, e 1 apresentou reação Grau II (L500), sendo medicado com sintomáticos, ambos com resolução do quadro. Conclusões: Encontramos, portanto, resposta positiva aos TC. A sensibilização foi detectada com o extrato avaliado, na concentração de 100 mcg/mL e não foram ob- servadas reações adversas, mostrando boa sensibilidade e segurança.

APRESENTADO DURANTE O XLV CONGRESSO BRASILEIRO DE ALERGIA E IMUNOLOGIA, 2018

PUBLICADO EM Arq Asma Alerg Imunol. 2018;2(Supl 1):S19.